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quinta-feira, outubro 19, 2006

Medos

Quando era criança tinha um medo terrível de ficar sozinha em casa.
Na adolescência dizia que o meu único medo era ficar sozinha no mundo.
Agora, quase a entrar no transito de saturno (ler post seguinte), sinto esse medo a desvanecer-se.

Até hoje tive a minha tábua de salvação nos meus amigos, mas este último ano aconteceram precalços que me ensinaram que a tábua de salvação tem que estar em nós próprios... Há situações que só nós percebemos o que estamos a sentir e podemos nos "salvar".

Não é que agora queira estar sozinha, não. Mas sinto que se não houver lá nenhum dos meus velhos amigos para me estender a mão num mau momento, que vai ter que ser a minha mão a segurar-me.E não vou sentir mágoa por eles não estarem lá!

Desde cedo que tive as minhas desilusões com "falsos amigos", desde então achei por bem, nunca esperar nada de ninguém, nem que fosse o meu melhor amigo ou amiga. Aprendi com essas desilusões, que as pessoas não são obrigadas a corresponder à nossa expectativa. Não há perfeição e todos estamos sujeitos a mudanças.

Neste último ano, esta minha "arma contra as desilusões" serviu-me bastante. As pessoas já não me desiludem! Houve vezes que me surpreenderam... mas não gerou dor e isso é que é importante!

Agora, um dos meus maiores medos é provocar desilusão áqueles que amo...

1 comentário:

Anónimo disse...

...e quando pensamos que exterminámos os medos todos... vem sempre mais um medo... nem que seja o medo do medo...