Velhos Amigos de novo!!

É sempre bom ter os nossos Amigos por perto (e os inimigos ainda mais perto lol), mas reencontrar velhos Amigos, que julgávamos guardados no baú das memórias, deixa-me com uma nova alegria.

No dia dos meus anos recebi uma mensagem duma amiga da escola preparatória que não via há uns bons 10 anos ou coisa assim! Não só se lembrou do meu aniversário passados tantos anos como eu também me lembrava que ela fazia anos dali a uns dias também!

É incrível como agumas pessoas nos marcam para a Vida toda! Para mim os amigos sempre foram a minha familia. Da minha própria Familia só tenho maior contacto com aqueles que considero meu amigo. Aprendi desde cedo que as pessoas valem por aquilo que são, não por factores que em nada influenciam a nossa personalidade, como o fato de ser meu primo ou meu tio, não faz com que seja uma pessoa melhor, nem que tenha uma personalidade que se dê bem com a minha!

Reencontrar esta Amiga de longa data, é, para mim, como encontrar uma Irmã perdida. Uma parte de mim que ficou lá atrás. Não sei como será que nos vamos dar agora, depois de tanto tempo e de tanta coisa se ter passado. Eu sei que estou muito diferente do que era quando fazia parte do grupinho das 11 raparigas, das Radical Girls (lololol).

Um clã só de raparigas que de vez em quando iam em expedições radicais Serra de Sintra acima, entravam no Castelo dos Mouros pelo Muro, quando ainda era possível entrar pelo o muro, quando o Parque das Merendas da Vila aida estava aberto ao Povo, quando não se pagava para visitar o Castelo dos Mouros, ou o Parque da Pena.

Outros tempos, em que namorar era a última coisa que tínhamos em mente, a Internet não existia. Sonhávamos em morar todas juntas, numa mansão desenhada por nós, planeávamos expedições ao monte onde hoje está o Tribunal de Sintra. Combinávamos enterrar uma caixa do Tempo no Penedo da Amizade para depois nos encontrarmos ali a muitos anos para recordar aqueles bons momentos... nunca o fizémos :(

E o Tempo passa, a Caravana da Infância passa, e por mais que nos custe na altura, (e o que me custou constatar que a Infância acabava) é tão bom crescer e aprender a Viver, descobrir quem realmente somos, firmar a nossa personalidade, encontrar certezas que dantes, no tempo das Livres Gargalhadas, nos pareciam tão desnecessárias, e que depois foram-se tornando claramente precisas!

Agora também sou Feliz, mas nunca mais o serei como o fui no tempo das Radical Girls, em que nada me deixava triste ao pé das minhas meninas. No tempo em que o Mundo era Sintra, e era perfeito para mim. No tempo em que nem a maior das tristezas me estragava o sorriso que tinha para elas. No tempo em que cada minuto importava, no tempo em que me ainda chamavam Ana Cláudia (brrrrrr), Num tempo em que o teatro era a própria Vida.

Quando somos Crianças, a Felicidade está impregnada em nós, como uma sintoma febril, agora, a chegar virtiginosamente aos 30, quero sentir essa doença, faço tudo para a apanhar, mas ela é escorregadia, traquina, sempre em constante rodopio! Mas não me escapará jamais, desde que nunca deixe morrer o bocadinho de criança que ainda me restou... não consigo imaginar a morte desse Peter Pan que todos temos cá dentro, de que alguns se esquecem e deixam morrer, dessa parte de nós que nos dá força para sorrir todos os dias, porque a Vida é uma Festa se assim o quisermos!